segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Capitulo 6 - It Was Just A Dream

O dia lá fora anunciava uma bela tarde de terça feira, fria e úmida. O relógio na parede marcava duas e meia da tarde, e a essa altura nem a janela do quarto havia sido aberta. Para dizer a verdade, uma jovem morena de cabelos desgrenhados repousava sob o tapete observando a luz que vinha da fresta da porta e da janela. A áurea ali estava pesada, o quarto obteve um odor de lágrimas, se possível e um ar triste. (SeuNome)  sentia-se morta, mal obtinha respostas dos músculos do corpo, tudo o que conseguia era mover os olhos, e mesmo assim o fazia para expulsar pequenas lágrimas que ainda insistiam em nascer ali. Ela não conseguia se lembrar de quando tinha ficado tão triste assim pela ultima vez, e pensou até mesmo que nunca conhecera esse tipo de sofrimento. Mas, ela estava ali. Fraca, emotiva, com os pensamentos voltados a Demi, podia sentir pontadas na cabeça de tão focada que sua mente estava.

Não era justo, era? Esperar dois anos para um câncer se manifestar, esperar que ela cogitasse a idéia de passar um tempo em Nova York para tal desgraça. E ao se lembrar do pequeno corpo na cama, (SeuNome) lembrou-se também de como sentira falta de Demi, e de como isso a estava afetando, pois não era normal. Lembrava-se de ter dormido apenas quatro horas durante a madrugada, e sonhado com a pequena. Ela cantava. Uma música conhecida, porém esquecida na mente da morena. Reunindo forças sabe-se lá de onde, (SeuNome) se levantou já sentindo a perna formigar devido a posição que dormira. Largou o diário - que ela hesitava em ler a cada segundo em que o encarava -, em cima da cama e ligou a luz do quarto. Ela podia jurar que quase ficou cega. Tirou o resto da roupa e entrou no banheiro, ligou o chuveiro e se enfiou debaixo da água aquecida, seu corpo todo se arrepiou com o choque elétrico que recebeu. As lembranças da tarde passada novamente a invadiram e ela escorregou pela parede do box até seu corpo nu tocar o chão sólido e gelado. Ela não conseguia parar de chorar.

Vestiu uma roupa qualquer e ouviu seu celular tocar. Imediatamente se aprontou para atendê-lo, até ver o nome no visor.

"Pablo Juan”

Seu passado de três dias a invadiu como uma granada e ela se lembrou de toda a sua trajetória em UCLA e com seu professor. E agora, sentia-se enojada de si mesma.

Deixou o celular na cama junto ao diário e decidiu que era hora de encarar Lauren.

Ela desceu as escadas e como contava, a Lauren estava na cozinha preparando alguma coisa. (SeuNome) parou no vão da escada e encarou a amiga que ainda não percebera sua presença, as duas se pareciam agora, por motivos diferentes, mas ambas possuíam grandes olheiras e uma tristeza plantada no olhar, e (SeuNome) insistia em se perguntar como pudera chegar a esse estado por Demi, que era sua uma amiga…

– Olá. - se não estivesse olhando diretamente para Lauren, poderia jurar que era outra pessoa que falava com ela. A morena balançou a cabeça com um meio sorriso, pelo jeito a discussão havia sido deixada para trás.

(SeuNome) sentou no primeiro degrau e abraçou as próprias pernas, meu Deus, como estava abalada e frágil, sentia como se seus pulmões tivessem sido arrancados. Lauren se aproximou encarando a amiga com preocupação, estendeu uma caneca azul claro para a morena e ficou com a outra. Era chocolate quente.

Lauren havia feito chocolate quente para ela?

Lauren sentou-se ao lado da amiga, encarando o mesmo ponto fixo no chão que a morena, ela parecia querer perguntar algo, mas nada saia. (SeuNome) suspirou fortemente e após uma golada no chocolate quente, sentiu o choro silencioso subir novamente pela garganta. Lauren balançou vagamente a cabeça para trás e para frente, como se tomando confiança.

– O que está havendo, (SeuNome)?

E a morena soube pelo tom de voz da amiga, que não era uma pergunta sobre o estado de Demi, pois ela já sabia. Lauren queria saber o que havia de errado com a própria (SeuNome), e isso a assustou, pois nem ela mesma sabia. (SeuNome) deitou a cabeça no ombro de Lauren pedindo conforto, ela precisava se sentir segura naquele momento.

– Eu não costumo dizer essas coisas, e espero nunca mais repetir porque acho algo extremamente gay, mas, - Lauren deu uma pausa para que (SeuNome) pudesse sorrir em seu ombro e voltar a se sentar normalmente para terminar o chocolate quente. - eu não fugiria se fosse você. Algo está errado, (SeuNome), desde que você chegou aqui e soube sobre o acidente, tudo o que consegue fazer é chorar. Talvez você esteja despejando tudo o que sofreu em silencio nesses dois anos, - (SeuNome) olhou para Lauren intrigada que a encarava com uma expressão grave. - está na hora de por em dia sua conta, (SeuSobrenome).

(SeuNome) se levantou incomodada, odiava que jogassem seu estilo de vida na cara, ainda mais Lauren. Largou a caneca em cima da mesa e se virou para a amiga:

– Me desculpe Lauren, mas eu não sei do que está falando. - Lauren ergueu uma sobrancelha, e a morena continuou. - Demi e eu nos tornamos muito amigas no ultimo ano, ela e eu temos uma ligação muito forte, é por isso…Deus, Lauren, ela vai morrer!

Lauren abaixou os olhos tristemente.

– E não quer aproveitar esse tempo para descobrir coisas que talvez o tempo tenha reservado para você?

– Você está bem? - a mudança no assunto foi tão rápida que Lauren abriu a fechou a boca algumas vezes pensando em uma maneira de debater com a amiga. (SeuNome) sorriu para ela e estendeu a mão para que se levantasse, as duas foram até a cozinha.

– Eu não sei mais o que é bem… - a voz de Lauren saiu baixa, e (SeuNome) sentiu algo em seu peito se apertar. - Quando não estou pensando nela, estou pensando em mil maneiras de sabotar o carro daquele metido de bosta!

Mais uma vez, sentiu dó da amiga.

Elas estavam realmente acabadas e sentimentais demais para duas meninas que eram populares, e um tanto que vadias como elas.

– Vem, vamos sair. - pronunciou (SeuNome) puxando Lauren pelo braço.

– O que? Por que?

– Vamos, Laur. Não podemos passar o resto das férias trancadas em casa nos lamentando, podemos até nos matar.

Lauren sorriu e concordou com a cabeça. Elas abriram a porta da sala e receberam uma rajada de vento, e olhando atentamente para fora, foi possível ver os pequenos flocos de neve que caiam, e a pequena massa branca que se formava no solo. (SeuNome) sentiu uma sensação boa ao entrar no carro de Lauren, toda aquela áurea ruim desapareceu no instante em que se lembrou de que em três dias seria natal, o primeiro natal que ela passaria longe das preocupações e Miami.

– Já sabe onde passar o natal? - perguntou a morena iniciando uma conversa enquanto as duas compravam presentes em uma loja próxima a casa da morena.

– Eu não sei. Marissa insiste que eu vá para a festa de natal na casa dela, mas não sei se estou preparada para ver Camila…

Lauren parou um instante em frente a uma vitrine com alianças de todos os tipos, e (SeuNome) viu um leve suspiro sair do boca da amiga

– Ela quer que você vá também, disse que natal deve ser celebrado em família e nós somos uma família e bla bla bla.

– Me parece ótimo, isso é, se tudo bem para você. - afirmou (SeuNome) escolhendo uma grande árvore de natal, pois reparou que a casa de Lauren não estava nem mesmo enfeitada. - Não nos vejo assando nenhum peru sozinhas.

Lauren deu de ombros e levou o carrinho até o caixa seguida por (SeuNome).

– Você não vai dar nada de natal para a Demetria? - a pergunta saiu rasgada, e a morena foi obrigada a erguer uma sobrancelha para Lauren que a desafiava com um olhar.

– Quando eu encontrar o presente certo, sim.

Lauren revirou os olhos e pagou com cartão de crédito toda a compra, as duas ficaram em silencio enquanto guardavam as compras no porta malas do carro e (SeuNome) sabia que havia algo de errado, e que Lauren processava algo em sua cabeça. Aquilo não era bom.

– Onde quer ir agora? - perguntou a amiga enquanto colocava o cinto de segurança.

– Eu não sei, o que tem em mente? - (SeuNome) sabia que ela já tinha um local em especifico.

– Eu não vejo a Demi desde um dia antes do acidente…O que acha?

O estômago de (SeuNome) deu um giro só de pensar em ver Demi outra vez. Deixando o mal estar de lado, resolver andar ao lado da razão.

– Por mim tudo bem.


Continua...


Bom gente, postei 2 hoje, talvez eu poste mais um de madrugada, não sei ainda. Estou pensando em fazer uma maratona com uns 5 ou 7 capítulos, o que vocês acham? Comentem babys. E falem comigo pelo meu ask http://ask.fm/httpcamzren

16 comentários:

  1. Q perfeito, acho otimo a ideia da maratona, louca pra saber oq vai acontecer, mas a dems nao pode morrer cara, mtt bom posta mais loogoo ^_^

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  2. socorrrrr, é viciante demais, sempre um capitulo mais perfeito que o outro, impossivel não querer mais e mais, maratona seria uma boa <3
    *tô louca de tamanha curiosidade pra "eu" ler aquele diario logo*...huahua

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  3. Tipo começei a ler ontem e já ameii.
    vc escreve perfeitamente bem..
    E o capitulo está perfeito :))

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  4. Tu escreve muito bem <3 Maratona??? Tô dentro *---*

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  5. Aaah , posta logo :3 sua fic é viciante e confesso que estoou louca para saber sobre dems .. Posssta looogo :333

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  6. Eu tô simplesmente apaixonada por essa fic, você não tem ideia.

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  7. cara, não aguento mais chorar aheuaheue melhor imagine que eu já li na vida e olha que já li muitos aehuheuheuhe posta logo amor, por favor <3

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  8. Muito perfeito, vc escreve muito bem já to viciada no seu imagine e anciasa pra saber oq vai acontecer com a minha Demi. <3

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