quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Capitulo 8 - It Was Just A Dream

– (SeuApelido), Demi estava me contando sobre esses tubos de lavagem. Será que se eu enfiasse um desses no Michael…

– Lauren, vamos deixar as duas conversarem. - interrompeu Dianna apertando o ombro de (SeuNome) e lhe lançando um olhar curioso. Provavelmente se perguntando se o suborno do marido dera certo.

Lauren olhou de Demi para (SeuNome), e de (SeuNome) para Demi desconfiada. Saiu da sala com uma carranca e baixos xingamentos sobre ser expulsa e nunca mais voltar ali.

– Pensei que não voltaria. - disse Demi agora um pouco timida com o silencio que ficara o quarto. (SeuNome) fechou a porta atrás de si e caminhou até a pequena sentindo seu coração disparar. - Me perdoa.

– Está me pedindo perdão por estar doente? - a morena tentou quebrar o clima. Demi abaixou a cabeça, parecia triste. - Quando cheguei em casa, eu chorei. - A pequena levantou os olhos surpresa. - A idéia de te perder antes mesmo de nos aproximarmos outra vez foi assustadora.

– A culpa foi minha, eu tinha uma passagem de trem…

– E eu tinha a outra.

As duas sorriram com a piada interna e (SeuNome) mordeu o lábio inferior.

– Quando você sai? - perguntou cautelosamente se sentando na beira da cama.

– Amanhã a tarde, de certo.

As duas continuaram se olhando, havia mais comunicação ali do que em várias horas de dialogo. (SeuNome) precisava assumir que sentia vontade de abraçar Demi e dizer que tudo ficaria bem, que era apenas um sonho ruim e elas acordariam daqui a pouco, até longe uma da outra mais uma vez. E essa idéia aterrorizou (SeuNome).

– Demz…

– Sim, (SeuApelido)? - a voz da pequena saiu esperançosa. (SeuNome) segurou a mão de Demi como no dia anterior, tomou fôlego e disse:

– O que quer de natal? - a pergunta pareceu infantil, até mesmo Demi sorriu. Aquela não era a (SeuNomeTodo) de antes. - Estou falando sério, pensei em comprar algo, mas não encontrei nada que me fizesse lembrar de você.

Corou ao dizer isso.

Não encontrei nada que me fizesse lembrar de você? Que coisa ridícula e cafona, pensou (SeuNome).

– Eu não quero nada, (SeuApelido), sério mesmo. - disse Demi acariciando o braço da morena, os arrepios que percorreram seu corpo relaxaram (SeuNome). - Eu sempre tive vontade de ter um natal com uma família grande, sabe? Pais, primos mais novos e irritantes, aquele tio que sempre fica bêbado, a tia que fofoca… - sorriu.

– O que acha de passar o natal na casa da Marissa, comigo, Lauren, Selena e seus pais? - (SeuNome) interrompeu o monologo excitada com a proposta. Demi parou de falar no mesmo instante e ficou com a boca aberta parecendo absorver o convite.

– Bem, - começou com um brilho no olhar. - acho que não me faria mal algum, certo?


Continua...


Falem comigo no meu ask pessoas http://ask.fm/httpcamzren eu não mordo.

Capitulo 7 - It Was Just A Dream

Lauren encarou alguns segundos a amiga esperando alguma reação diferente, (SeuNome) olhou assustada pra ela, aquilo mais parecia uma expressão assassina.

– (SeuNome)? - chamou Lauren depois de um tempo enquanto dirigia.

– Sim?

– Quando foi a ultima vez que esteve com um homem? - Lauren pareceu se arrepender da pergunta e se corrigiu limpando a garganta. - Quando foi a ultima vez que esteve com alguém antes daquela "mocinha"  D.?

A morena lançou um olhar fulminante para a amiga que não parecia estar agora zombando, ela parecia até mesmo…Interessada?

– Diego foi a ultima pessoa que fiquei, Lauren. - respondeu uma (SeuNome) cansada encostando a cabeça no vidro.

– Você se arrepende de algo?

– Lauren, qual o seu problema? - (SeuNome) perguntou realmente assustada. Aquilo não era da natureza de Lauren, nunca foi e a morena duvidasse que algum dia fosse ser. Lauren não se interessava pela vida de ninguém mais alem da sua e de Camila, raramente com (SeuNome), mas nada que passasse das perguntas irônicas para mais tarde usar isso contra ela.

– Ai, credo, só queria saber.

O silencio se estabeleceu mais uma vez, (SeuNome) lançava olhares de canto para a amiga perguntado-se o que havia de errado. As duas chegaram no hospital e entraram sem cerimônias na sala de espera, (SeuNome) sabia que aquilo era loucura, ver Demi outra vez era pedir para sentir dor. Mesmo sem entender o porquê. Selena e Jennel não estavam ali, apenas os Lovato estavam sentados em um sofá parecendo conversar sobre algo importante. Dianna sorriu um pouco ao ver (SeuNome) e Lauren, e levantou para cumprimentá-las.

– Sra. (SeuSobrenome)! Olá Lauren. - parecia familiarizada com Lauren, e então a morena se lembrou de que agora ela era praticamente amiga de faculdade de Demi. A palavra amiga entre Demi e Lauren soou…Estranho.

– Boa tarde, Dianna. - cumprimentou Lauren com um aceno. - Eddie. – E o pai de Demz que continuou sentado e lançou um fraco sorriso para ambas. - Eu gostaria de ver a Demi…

– Oh, claro, por aqui. Ela ficará muito feliz em te ver…

(SeuNome) fez menção de seguir os dois, mas um braço levemente a puxou de volta. Era Eddie, que agora parecia um tanto curioso analisando (SeuNome) da cabeça aos pés.

– Olá (SeuNome), - ele estava nervoso, esfregava as duas mãos freneticamente e conduziu a morena até o sofá. - Demi me disse que contou a você… - a frase morreu e o coração se apertou, ela rapidamente afirmou com a cabeça atenta as palavras do mais velho. - Bem, eu não te conheço, você não me conhece, mas Demi diz muitas coisas boas sobre você desde que veio até aqui e…Bem, ela se recusa a fazer o tratamento do câncer….

(SeuNome) parou por um momento imaginando Demi falando sobre ela. Então era real? Demi se importava mesmo com ela? Se importava em se lembrar dela…? A morena espantou os pensamentos e se concentrou no que Eddie queria dizer.

– E senhor quer que eu a convença a fazer os tratamentos?

O olhar de Eddie pendeu para o lado e ele pareceu pensar na maneira certa de dizer algo, (SeuNome) viu que seus olhos já estavam cheios de lágrimas.

– Escute (SeuNome), qualquer pai quer a felicidade da filha. - a morena concordou com a cabeça. - Eu amo Demi acima de qualquer coisa, e para mim, o que a fizer feliz, me faz feliz. Demi tem apenas dois meses de vida e com um tratamento isso poderia prolongar para mais alguns meses…Mas, se isso a fizer infeliz, como eu poderia ver minha filhinha viver seus últimos dias agonizando?

A morena estava absorvendo cada palavra com dor, ela conseguia sentir a dor de Eddie em saber que perderia sua filha, e essa dor se transferia para ela, pois Demi era especial demais para ser levada. O mundo precisava de mais Demi. Eu precisava dela…

– Senhor…

Eddie fez um gentil sinal para que (SeuNome) se calasse e ele prosseguiu segurando a mão da garota, ato que lembrou o toque de Demi.

– Sua visita abalou minha Dêm, ela parece mais elétrica que o normal, e pergunta quase a todo instante se você está na sala de espera. - ele explicou com a voz suave, a morena sentiu uma sensação boa e deu um sorriso sincero. - De alguma forma você conseguiu com uma visita, o que Selena, minha esposa e eu tentávamos desde o momento em que ela acordou: Um sorriso. E eu quero mais sorrisos, quero minha pequena feliz.

O obvio atingiu (SeuNome) como uma pedra na cabeça. Eddie De La Garza estava pedindo a ela que fizesse Demi feliz durante seus últimos dias de vida? Aquilo pareceu tão…Perfeito. Sim, se (SeuNome) não estivesse tomada pela idéia, poderia jurar que Eddie estava tentando suborná-la, mas aquilo lhe pareceu tão certo de repente, que ela se esqueceu de perguntar o que ele queria realmente. É claro, ele, assim como Dianna, queriam a filha feliz. E (SeuNome) queria Demi feliz. Era assim que precisava ser, (SeuNome) sempre a desprezou tanto, e de repente, a idéia de conseguir fazer bem a Demi pareceu confortar o coração da morena. Não lhe custava nada tentar, certo? O que de pior poderia acontecer ao tentar ajudar uma amiga dos velhos tempos?

– Obrigada, senhor. - (SeuNome) agradeceu a Eddie com um sorriso e se levantou seguindo direto para o quarto de Demi.

E ela estava lá sentada na maca enquanto Lauren e Dianna conversavam sobre algo qualquer ao lado da cama. Assim que os olhos de Demi encontraram com os de (SeuNome), a pequena sorriu automaticamente, (SeuNome) também sorriu, e notou que nem ao menos era sua intenção sorrir. Lauren pigarreou e a morena se lembrou de que havia mais pessoas no quarto.


Continua...


Hey babys, mil desculpa pela "demora" pra postar. Falem comigo pelo meu ask http://ask.fm/httpcamzren Ah gente, eu não sou a autora original da fic ok? Eu estou adaptando ela como fic Lovatic. Beijos, love you

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Capitulo 6 - It Was Just A Dream

O dia lá fora anunciava uma bela tarde de terça feira, fria e úmida. O relógio na parede marcava duas e meia da tarde, e a essa altura nem a janela do quarto havia sido aberta. Para dizer a verdade, uma jovem morena de cabelos desgrenhados repousava sob o tapete observando a luz que vinha da fresta da porta e da janela. A áurea ali estava pesada, o quarto obteve um odor de lágrimas, se possível e um ar triste. (SeuNome)  sentia-se morta, mal obtinha respostas dos músculos do corpo, tudo o que conseguia era mover os olhos, e mesmo assim o fazia para expulsar pequenas lágrimas que ainda insistiam em nascer ali. Ela não conseguia se lembrar de quando tinha ficado tão triste assim pela ultima vez, e pensou até mesmo que nunca conhecera esse tipo de sofrimento. Mas, ela estava ali. Fraca, emotiva, com os pensamentos voltados a Demi, podia sentir pontadas na cabeça de tão focada que sua mente estava.

Não era justo, era? Esperar dois anos para um câncer se manifestar, esperar que ela cogitasse a idéia de passar um tempo em Nova York para tal desgraça. E ao se lembrar do pequeno corpo na cama, (SeuNome) lembrou-se também de como sentira falta de Demi, e de como isso a estava afetando, pois não era normal. Lembrava-se de ter dormido apenas quatro horas durante a madrugada, e sonhado com a pequena. Ela cantava. Uma música conhecida, porém esquecida na mente da morena. Reunindo forças sabe-se lá de onde, (SeuNome) se levantou já sentindo a perna formigar devido a posição que dormira. Largou o diário - que ela hesitava em ler a cada segundo em que o encarava -, em cima da cama e ligou a luz do quarto. Ela podia jurar que quase ficou cega. Tirou o resto da roupa e entrou no banheiro, ligou o chuveiro e se enfiou debaixo da água aquecida, seu corpo todo se arrepiou com o choque elétrico que recebeu. As lembranças da tarde passada novamente a invadiram e ela escorregou pela parede do box até seu corpo nu tocar o chão sólido e gelado. Ela não conseguia parar de chorar.

Vestiu uma roupa qualquer e ouviu seu celular tocar. Imediatamente se aprontou para atendê-lo, até ver o nome no visor.

"Pablo Juan”

Seu passado de três dias a invadiu como uma granada e ela se lembrou de toda a sua trajetória em UCLA e com seu professor. E agora, sentia-se enojada de si mesma.

Deixou o celular na cama junto ao diário e decidiu que era hora de encarar Lauren.

Ela desceu as escadas e como contava, a Lauren estava na cozinha preparando alguma coisa. (SeuNome) parou no vão da escada e encarou a amiga que ainda não percebera sua presença, as duas se pareciam agora, por motivos diferentes, mas ambas possuíam grandes olheiras e uma tristeza plantada no olhar, e (SeuNome) insistia em se perguntar como pudera chegar a esse estado por Demi, que era sua uma amiga…

– Olá. - se não estivesse olhando diretamente para Lauren, poderia jurar que era outra pessoa que falava com ela. A morena balançou a cabeça com um meio sorriso, pelo jeito a discussão havia sido deixada para trás.

(SeuNome) sentou no primeiro degrau e abraçou as próprias pernas, meu Deus, como estava abalada e frágil, sentia como se seus pulmões tivessem sido arrancados. Lauren se aproximou encarando a amiga com preocupação, estendeu uma caneca azul claro para a morena e ficou com a outra. Era chocolate quente.

Lauren havia feito chocolate quente para ela?

Lauren sentou-se ao lado da amiga, encarando o mesmo ponto fixo no chão que a morena, ela parecia querer perguntar algo, mas nada saia. (SeuNome) suspirou fortemente e após uma golada no chocolate quente, sentiu o choro silencioso subir novamente pela garganta. Lauren balançou vagamente a cabeça para trás e para frente, como se tomando confiança.

– O que está havendo, (SeuNome)?

E a morena soube pelo tom de voz da amiga, que não era uma pergunta sobre o estado de Demi, pois ela já sabia. Lauren queria saber o que havia de errado com a própria (SeuNome), e isso a assustou, pois nem ela mesma sabia. (SeuNome) deitou a cabeça no ombro de Lauren pedindo conforto, ela precisava se sentir segura naquele momento.

– Eu não costumo dizer essas coisas, e espero nunca mais repetir porque acho algo extremamente gay, mas, - Lauren deu uma pausa para que (SeuNome) pudesse sorrir em seu ombro e voltar a se sentar normalmente para terminar o chocolate quente. - eu não fugiria se fosse você. Algo está errado, (SeuNome), desde que você chegou aqui e soube sobre o acidente, tudo o que consegue fazer é chorar. Talvez você esteja despejando tudo o que sofreu em silencio nesses dois anos, - (SeuNome) olhou para Lauren intrigada que a encarava com uma expressão grave. - está na hora de por em dia sua conta, (SeuSobrenome).

(SeuNome) se levantou incomodada, odiava que jogassem seu estilo de vida na cara, ainda mais Lauren. Largou a caneca em cima da mesa e se virou para a amiga:

– Me desculpe Lauren, mas eu não sei do que está falando. - Lauren ergueu uma sobrancelha, e a morena continuou. - Demi e eu nos tornamos muito amigas no ultimo ano, ela e eu temos uma ligação muito forte, é por isso…Deus, Lauren, ela vai morrer!

Lauren abaixou os olhos tristemente.

– E não quer aproveitar esse tempo para descobrir coisas que talvez o tempo tenha reservado para você?

– Você está bem? - a mudança no assunto foi tão rápida que Lauren abriu a fechou a boca algumas vezes pensando em uma maneira de debater com a amiga. (SeuNome) sorriu para ela e estendeu a mão para que se levantasse, as duas foram até a cozinha.

– Eu não sei mais o que é bem… - a voz de Lauren saiu baixa, e (SeuNome) sentiu algo em seu peito se apertar. - Quando não estou pensando nela, estou pensando em mil maneiras de sabotar o carro daquele metido de bosta!

Mais uma vez, sentiu dó da amiga.

Elas estavam realmente acabadas e sentimentais demais para duas meninas que eram populares, e um tanto que vadias como elas.

– Vem, vamos sair. - pronunciou (SeuNome) puxando Lauren pelo braço.

– O que? Por que?

– Vamos, Laur. Não podemos passar o resto das férias trancadas em casa nos lamentando, podemos até nos matar.

Lauren sorriu e concordou com a cabeça. Elas abriram a porta da sala e receberam uma rajada de vento, e olhando atentamente para fora, foi possível ver os pequenos flocos de neve que caiam, e a pequena massa branca que se formava no solo. (SeuNome) sentiu uma sensação boa ao entrar no carro de Lauren, toda aquela áurea ruim desapareceu no instante em que se lembrou de que em três dias seria natal, o primeiro natal que ela passaria longe das preocupações e Miami.

– Já sabe onde passar o natal? - perguntou a morena iniciando uma conversa enquanto as duas compravam presentes em uma loja próxima a casa da morena.

– Eu não sei. Marissa insiste que eu vá para a festa de natal na casa dela, mas não sei se estou preparada para ver Camila…

Lauren parou um instante em frente a uma vitrine com alianças de todos os tipos, e (SeuNome) viu um leve suspiro sair do boca da amiga

– Ela quer que você vá também, disse que natal deve ser celebrado em família e nós somos uma família e bla bla bla.

– Me parece ótimo, isso é, se tudo bem para você. - afirmou (SeuNome) escolhendo uma grande árvore de natal, pois reparou que a casa de Lauren não estava nem mesmo enfeitada. - Não nos vejo assando nenhum peru sozinhas.

Lauren deu de ombros e levou o carrinho até o caixa seguida por (SeuNome).

– Você não vai dar nada de natal para a Demetria? - a pergunta saiu rasgada, e a morena foi obrigada a erguer uma sobrancelha para Lauren que a desafiava com um olhar.

– Quando eu encontrar o presente certo, sim.

Lauren revirou os olhos e pagou com cartão de crédito toda a compra, as duas ficaram em silencio enquanto guardavam as compras no porta malas do carro e (SeuNome) sabia que havia algo de errado, e que Lauren processava algo em sua cabeça. Aquilo não era bom.

– Onde quer ir agora? - perguntou a amiga enquanto colocava o cinto de segurança.

– Eu não sei, o que tem em mente? - (SeuNome) sabia que ela já tinha um local em especifico.

– Eu não vejo a Demi desde um dia antes do acidente…O que acha?

O estômago de (SeuNome) deu um giro só de pensar em ver Demi outra vez. Deixando o mal estar de lado, resolver andar ao lado da razão.

– Por mim tudo bem.


Continua...


Bom gente, postei 2 hoje, talvez eu poste mais um de madrugada, não sei ainda. Estou pensando em fazer uma maratona com uns 5 ou 7 capítulos, o que vocês acham? Comentem babys. E falem comigo pelo meu ask http://ask.fm/httpcamzren

Capitulo 5 - It Was Just A Dream

- Eu tenho câncer, (SeuApelido). E provavelmente dois meses de vida!

Há momentos na vida em você deseja desaparecer. Quando tudo a sua volta enche! Seus amigos te traem pelas costas, sua família deseja por você, seus relacionamentos não passam de diversão e pessoas alheias julgam. Isso enche um dia, e você sente vontade de explodir, desaparecer, morrer, tanto faz, com tanto que algo te tire de perto deles. Você se sente num buraco negro, e era num buraco negro que (SeuNome) se sentia agora.

Selena e Jennel sabiam! Demi sabia!

Ela…Oh, meu Deus. Ela morreria. Dentro de dois meses Demi estaria morta, ela nunca mais veria aquele par de olhos castanhos e…

(SeuNome) sentiu suas estruturas se abalarem. A superfície desapareceu e tudo em sua cabeça rodou agora sua visão estava em câmera lenta. Ela piscou algumas vezes liberando as lágrimas e afastou sua mão da de Demi, os olhos da pequena encheram de lágrimas com o ato da morena, mas ela não estava pensando, estava agindo pela razão e sua razão a guiou até a porta de costas. Com uma ultima olhada para a pequena, (SeuNome) girou a maçaneta.

– (SeuNome), não me deixa, por favor! - aquele pedido queimou o sangue de (SeuNome) e ela trombou em um dos médicos, estava tonta, apoiando nas paredes, caminhou cambaleando pelos corredores, Selena e Jennel tentaram impedir, mas com apenas um olhar enfurecido, ela os afastou.

Ela não soube dizer como, mas entrou no carro de Lauren e dirigiu loucamente pela cidade. Suas mãos tremiam, suas lágrimas teimavam em descer e ela fazia de tudo para prendê-las. O MP3 ligou automaticamente e a música que ouvira por ultimo começou a tocar.

– Mais que inferno! - com um soco, desligou o aparelho. Sua mão latejou, como se ela se importasse com a dor.

Incrivelmente ela conseguiu chegar em casa sem sofrer um acidente. Abriu a porta de casa com violência e passou pela amiga confusa:

– (SeuNome), eu soube o que acontece… - tentou Lauren, mas (SeuNome) não deu ouvidos e correu para seu quarto trancando a porta. Não precisava que ninguém sentisse pena dela agora.

Jogou o celular com força na cama e tirou a jaqueta, deixando-a jogada no chão. Andou de um lado para o outro no quarto com as mãos nos cabelos. Se perguntava porquê Deus estava fazendo aquilo com ela, porque Ele a deixaria ver Demi apenas mais alguns dias para depois arrancá-la de uma forma tão cruel. O mundo era cruel. E (SeuNome) estava se torturando por sentir-se tão abalada por uma amiga se nem mesmo Selena estava assim. Parou alguns instantes para encarar sua própria imagem no espelho, estava com os olhos inchados agora, totalmente descabelada.

”- Já fazem dois anos… - a pequena sussurrou no ouvido de (SeuNome) - E não houve um dia em que eu tenha deixado de pensar em você. - o corpo todo da morena estremeceu. - Você foi muito importante para mim, (SeuNome).

– Eu te dei uma passagem…

– E você tinha a outra.”

As lembranças ecoaram em sua mente e ela sentiu raiva de si mesma. Pegou uma caneca em cima da escrivaninha e a lançou contra o espelho despejando toda sua raiva.

– Você é estúpida, (SeuSobrenome). - berrava para si mesma. - Você teve dois anos. Dois anos para vê-la! E agora é tarde!

(SeuNome) deixou que suas pernas cedessem assim como as lágrimas. Largou-se ali mesmo, no chão daquele quarto frio. Sentiu uma ruptura em seu peito. Uma dor que lhe causava angústia, desespero e alucinação.

– Agora é tarde. - sussurrou tão baixo…

Seus olhos se encontraram com o diário. Novamente (SeuNome) sentiu aquela energia e ficou de joelhos para pegá-lo. Depois voltou a sua posição e encostou o corpo na cama. Abraçou ternamente a si mesma e a sua dor. Ela queria Demi viva. Encarou o diário em seu colo: só de imaginar que ela tocara aquele papel, que talvez lágrimas tenham caído ali enquanto escrevia… Fazia daquele diário o bem mais precioso que já tivera em mãos, e que agora, apertava com toda a força que conseguia contra o peito, agarrou-se a ele como se fosse sua salvação… E assim adormeceu.

"Rompendo as sombras do palco vazio, apenas um único feixe de luz rosado, e, no seu centro, havia uma garota: A garota mais maravilhosa - percebeu (SeuNome) no mesmo instante! - que ela já tinha visto"


Continua...


Hey my babys, comentem que eu posto o próximo hoje. Xoxo.
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domingo, 22 de setembro de 2013

Capitulo 4 - It Was Just A Dream

– (SeuNomeTodo)? - uma voz desconhecida a chamou. Ela olhou para uma moça um tanto que baixa que a encarava e balançava a cabeça. - Eu sou Dianna e esse é meu marido Eddie. – seu marido estendeu a mão para ela. Eles pareciam tão abatidos quanto Selena. - Somos os pais de Demi.

Então ela se lembrou. Definitivamente eles eram os pais de Demi, ela os conheceria no dia do casamento se não tivesse sido imatura para não ir. (SeuNome) sentiu-se mal por estar ali como uma intrometida, perante ao casal que lhe sorriam agradavelmente.

– Então, (SeuNome)… Onde está Lauren? - a pergunta foi de Jennel que parecia curiosa sobre os últimos acontecimentos, a morena suspeitou que Selena tivesse lhe contado sobre a viagem e a estadia na casa da amiga.

– Ela não está muito bem, - pensou no que poderia dizer. - Ela…Ela soube de algumas coisas…

– Descobriu que Camila está com o Michael? - perguntou Selena um pouco mais animada. (SeuNome) arregalou os olhos. - Não se preocupe, todos já sabem, ele fez questão de alterar o status do Facebook.

(SeuNome) compreendeu e abaixou a cabeça.

– E você? O que faz aqui? - foi a vez de (SeuNome) perguntar a baixinha, cujo sorriso morreu no mesmo instante.

– Assim que soube o estado de Demi eu viajei e só volto assim que ela receber alta…

O que ela disse depois não fez diferença, a mente de (SeuNome) parou em “receber alta”.

– Do que está falando, Jennel?

A Jennel e a Selena trocaram olhares significativos e ela segurou um ombro de (SeuNome).

– Um milagre.

– Um… O que…? 

 Ela teria ao menos tentado terminar a frase se Selena não a tivesse cutucado e segurado sua mão fazendo-a segui-la. Uma moça esbelta e morena saia de um dos quarto que (SeuNome) deduziu ser de Demi assim que Selena parou em frente a este. A moça deu um meio sorriso a ela e (SeuNome) pode ler na bolsa da moça “NYADA”. Então Demi tinha amigos na faculdade?

– Eu não sei se é milagre (SeuNome), ou se o destino está fazendo as coisas da maneira dele. - disse Selena praticamente num sussurro. A morena não entendeu muito bem o que Selena disse, mas logo foi deixada sozinha em frente ao quarto.

Ela pensou uma, duas, três vezes antes de girar a maçaneta e entrar.

De primeiro a imagem assustou a morena, não, assustar seria muito pouco: deu uma parada cardíaca. Nada do que ela esperava encontrar estava ali naquele quarto. Por que? Pois Demi estava meio sentada na maca coberta até o peito por uma manta, parecia mais magra que de costume e alguns fios em seus braços. Mas…

Ela estava acordada.

Então era esse o milagre de que Jennel falara?

(SeuNome) não soube explicar, mas seus pés afundaram no chão e seus olhos cravaram nos castanhos da pequena. Ela parecia tão frágil, como porcelana e ao mesmo tempo tão…

Linda?

– Estava pensando quanto tempo mais você levaria para abrir a porta. - foi o primeiro comentário de Demi.

Seu primeiro comentário e ela ainda usa desdém? Faça-me o favor.

– Como se sente? - foi a única coisa que saiu da boca da morena no instante em que conseguiu desprender os pés do chão e dar alguns passos, mas nada que a deixasse próxima a Demi.

– Ainda sinto pontadas na cabeça, meu corpo dói. Na verdade os médicos dizem que acordei de madrugada, mas eu não me lembro. É como se eu tivesse dormido a vida inteira e despertado para algo novo, ainda estou preocupada com meu corpo pois não quero ter seqüelas muito graves…

(SeuNome) sorriu aliviada. Demetria Lovato e seus monólogos estavam de volta, e isso a fazia tão feliz, e por um momento tudo o que queria fazer era passar um tempão ouvindo monólogos dela.

– Hum…Você pode se aproximar se quiser, não é contagioso.

As duas sorriram e (SeuNome) se aproximou mais, parando ao lado da cama. De repente tudo pareceu flutuar e (SeuNome) não sabia mais o que era real e o que não era, ela estava ao lado de Demi.

E Demi estava viva.

O sorriso da pequena não demorou muito para morrer nos lábios, assumindo assim uma linha reta. O de (SeuNome) também morreu, elas se encararam agora com tanta intensidade que seria possível uma troca de energia.

– Por que você está aqui, (SeuNome)? - a pergunta foi dolorosa. Uma facada. (SeuNome) perdera a conta de quantas vezes havia sido atingida desde que chegara e algo a fazia ter vontade de fugir do quarto, encarar agora aqueles olhos castanhos estava sendo angustiante.

– Eu… - e então ela procurou em sua mente os motivos que a levaram ali. Repensou desde o dia que chegara e chegou a conclusão de que não tinha uma resposta. Ela apenas estava ali, preocupada com a pequena, apenas passara praticamente duas noites em claro pensando no estado dela e se perguntando quando seria a ultima vez que a veria. Mas, isso não era algo a se dizer, soaria estranho para outros. - Eu não sei.

Mais uma vez Demi apenas fitou a morena. Algo lhe intrigava naqueles olhos esverdeados e ela queria descobrir o que, mas não poderia negar que estava extremamente feliz de ter (SeuNome) ali do seu lado, já fazia tanto tempo. Até mesmo a verdade ainda não dita parecia distante naquele momento.

– Obrigada. - ao contrário do que vocês poderiam pensar, isso saiu da boca de (SeuNome), acompanhado de uma fina lágrima. Demi pareceu surpresa, e procurou a mão de (SeuNome). A morena olhou para suas mãos enlaçadas e sentiu seus olhos transbordarem em lágrimas ao sentir o toque. - Obrigada por estar viva.

Num impulso ela inclinou seu corpo ao de Demi e deu-lhe um abraço não muito apertado para não causar dor na pequena. Encaixou a cabeça ao peito dela e rodeou o pequeno corpo com o braço direito, Demi se esforçou para afastar um pouco as pernas para que (SeuNome) deixasse as dela em cima da maca. E assim elas ficaram por alguns minutos, Demi acariciava os cabelos de (SeuNome) com uma das mãos e a outra segurava o ombro da morena, impedindo-a de ir embora caso batesse arrependimento. E (SeuNome) chorava silenciosamente no peito da pequena, sentindo um alivio jamais sentido antes.

– Já fazem dois anos… - a pequena sussurrou no ouvido de (SeuNome). - E não houve um dia em que eu tenha deixado de pensar em você. - o corpo todo da morena estremeceu. – Você foi muito importante para mim, (SeuNome).

– Eu te dei uma passagem…

– E você tinha a outra.

Silencio.

Demi continuou acariciando os cabelos de (SeuNome), e ela poderia jurar que dormiria nos braços da pequena se continuasse assim.

– Acho que houve um caso de ego aqui. - brincou a pequena. (SeuNome) sorriu e se levantou com esforço não queria sair dos braços dela, não queria ir embora de casa, pois foi assim que se sentiu com pequenos braços em volta de seu corpo.

Enxugou as lágrimas e continuou segurando a mão de Demi.

– Apenas não se jogue mais do palco, Demetria. - disse irônica. - Principalmente quando receber um Grammy.

A expressão de Demi endureceu no mesmo instante, como se ela tivesse levado um tiro. (SeuNome) ficou preocupada e pensou em correr para chamar um médico, mas a pequena apertava sua mão com tanta força agora que seria impossível soltá-la.

Os olhos de Demi se perderam na janela do quarto e (SeuNome) seguiu seu olhar. Dois médicos conversavam a sós com os Lovato em um canto da sala de espera, eles pareciam explicar algo cautelosamente até Dianna cair de joelhos com as mãos cobrindo o rosto e Eddie ajoelhar ao lado da esposa abraçando-a como se não houvesse amanhã. Os médicos pareciam tristes e decidiram dar espaço ao casal se retirando. (SeuNome) voltou seus olhos para Demi, que ainda encarava a cena, ela parecia mais fria do que nunca.


– Eles já receberam a noticia. - disse sem desgrudar os olhos dos pais. O coração de (SeuNome) se apertou e ela arfou. Demi subiu os olhos e encarou os verdes de (SeuNome), houve uma conexão inexplicável que a morena desejava decifrar. - Durante os exames os médicos descobriram algo a mais… - (SeuNome) desceu da cama sentindo as pernas bambearem. 


Continua...


Mais um aí pra vocês babys, fiquem curiosos muahahahaha. Vou postar o próximo 22:00 ok? ok! Não se esqueçam de comentar. Falem comigo pelo meu ask http://ask.fm/httpcamzren

Capitulo 3 - It Was Just A Dream

Ela não soube dizer quanto tempo havia passado desde que Lauren desligara o celular. Horas, dias, meses. O ambiente pareceu pegar fogo apenas com o olhar da morena, e (SeuNome) parecia estática ainda dissolvendo a noticia. Ela nunca poderia esperar por aquilo. Michael? E…Camila? A Camz-Camz? Aquela que cresceu com ela e Lauren brincando nos balanços do parque da cidade? Aquilo era um tanto…Estranho.

– Lauren você está me assustando. - foi a única coisa que a morena foi capaz de dizer ao se aproximar da amiga que no mesmo instante se afastou como se tivesse levado um choque com o toque.

O silencio foi absolutamente incomodo e (SeuNome) já estava cansada de sentir-se assim desde que chegou a cidade, como se não pertencesse ali ou com se algo lhe faltasse. Lauren desviou-se dos braços da morena e andou em passos apressados em direção á escada. (SeuNome), temendo o pior, correu logo atrás dela e entrou no quarto principal onde agora Lauren remexia a gaveta da cômoda desesperadamente.

– O que está procurando? - a pergunta saiu mais desesperada do que o ato da amiga. - Lauren, você não tem uma arma ai dentro, tem?

– Estou procurando o boneco de vudu que fiz para a Ashley uma vez. Ele ainda deve servir para alguma coisa, só preciso de uma cabeleira castanho escuro, oleosa e uma tampa pra usar como boca! - as palavras saíram um pouco sistemáticas e céticas.

(SeuNome) não duvidou que ela estivesse dizendo a verdade, mas também sentiu-se mais aliviada por não ser uma arma de fogo.

– Pare com isso, Lauren. Tudo bem, eu também achei estranho esse namoro, mas você terminou com ela…

– Cala a boca! - Lauren se virou agressivamente para (SeuNome) com os olhos tão vermelhos, que ela poderia jurar que nunca os tinha visto daquele jeito. A morena recuou alguns passos surpresa com a reação da outra. - Você não sabe o que estou passando, e provavelmente nunca vai entender!

Mais uma vez, a Lauren passou por (SeuNome) descompassadamente e desceu de volta para a sala, mas como (SeuNome) poderia ficar calada vendo sua amiga ser uma egoísta?

– Quando vai entender que o mundo não gira em torno de você? - gritou dando um empurrão nela. - Você se deu o trabalho de ir até Miami para terminar com ela, e agora espera que ela fique sentada como um cachorrinho esperando você criar coragem para voltar? Eu acho que não!

Lauren deu um soco na parede e engasgou com as próprias lágrimas, (SeuNome) primeiro ficou preocupada, mas a raiva que estava sentindo no momento era tamanha que sua pose firme voltou no mesmo instante em que a amiga avançou contra ela com as palavras explodindo na boca.

– Eu mandei você calar a boca, (SeuSobrenome)! Eu não fui á Miami para terminar com ela, sua imbecil! - praticamente cuspiu as ultimas palavras. - Tudo parecia bem. Parecia. Ate Camila me lembrar que eu a deixei para trás, que ela estava machucada sem mim. Sabe como aquilo me atingiu? Sabe como eu me senti?

– Lauren…

– Não! Você não sabe! Você não sabe o que é amar alguém, (SeuSobrenome). Como espera que eu possa lhe explicar? Sua vida é uma completa mentira, assim como você, assim como minha vida longe dela!

O choro parecia inevitável. (SeuNome) sentiu-se cambalear com as palavras da amiga e abaixou a cabeça. Lauren, por outro lado, parecia estar colocando para fora o que guardara desde o dia em que terminara com Camila, mas (SeuNome) não conseguia entender como aquilo poderia estar atingindo tanto alguém como a latina. Sim, ela sabia do amor e tudo o que a outra passara por Camila, ela sabia de tudo isso e se orgulhava da amiga. Mas, ver o estado em que ela chegara apenas com a noticia de que Camila seguira em frente, era como assistir a uma peça desconhecida. Não parecia o bastante para (SeuNome), todo o desespero de Lauren parecia…Exagerado.

– Hey, Hey! - (SeuNome) tentou segurar os ombros da morena. - Você está sendo dramática. Aceite que ela seguiu em frente, e aproveite para seguir também. A vida é assim, não deu nessa, na próxima você consegue.

Lauren encarou (SeuNome) parecendo não acreditar no que estava ouvindo. Balançava a cabeça negativamente atordoada e perplexa.

– Um dia você vai sentir a mesma dor que eu estou sentindo!

– Não, você está sendo dramá..-

Suas palavras não foram completamente ditas, pois um tapa foi o que bastou. Lauren lançou uma ultima olhada para (SeuNome) e então enxugou as lágrimas e subiu, dessa vez a morena não a seguiu, continuou encarando o vazio enquanto massageava o lado esquerdo da face onde ainda queimava. Talvez Lauren não estivesse exagerando, pensou, talvez aquilo realmente a tivesse consumindo. Ela só queria entender o porque… Como alguém poderia amar tanto outra pessoa a ponto de destruir paredes protetoras como as de Lauren?

Ela só queria entender.

***



Ainda na cama, (SeuNome) se remexia inquieta. Era um novo dia e isso significava mais um dia monótono, encarando sua amiga nada feliz, e pensando na saúde de Demi. Haviam se passado quase três dias e tudo o que (SeuNome) desejava no momento era voltar para UCLA, pular as partes em que servia de amante, se enfiar nos livros e ignorar as pessoas, afinal, lidar com elas não era uma tarefa fácil.



Não para ela.

Levantou da cama e tomou um bom banho para ver se despertava completamente. Vestiu uma calça e antes mesmo de terminar de se arrumar, seus olhos automaticamente correram para um diário esquecido no criado mudo ao lado da cama. O coração de (SeuNome) deu um salto ao se lembrar dele, e mais ainda, em cima do diário, seu celular anunciava duas novas mensagens. Sem perder tempo, ela caminhou até ele tremendo de frio por estar apenas de calça e sutiã e abriu a primeira mensagem revelando ser de Selena:

"Pensei que gostaria de vê-la, estarei aqui no hospital caso apareça."

E na segunda mensagem estava o endereço do hospital.

(SeuNome) sentiu o celular escorregar de suas mãos. Ela poderia vê-la? Ela poderia ver Demi? Pensou que talvez fosse uma brincadeira de mal gosto. Mas, então balançou a cabeça se perguntando o porquê Selena brincaria com isso. Oh, meu Deus. Só de imaginar ver a pequena outra vez lhe causou mais calafrios do que se lembrava ter tido na vida. Sem perder tempo, vestiu uma regata branca e uma jaqueta de couro preta por cima. Calçou suas botas e penteou o cabelo com as mãos mesmo. Pegou o celular e a bolsa e desceu para a sala encontrando-se sozinha. Lauren ainda não acordara em plena segunda feira de manhã? Estranho. Visualizou o objeto prateado em cima da estante e hesitou alguns instantes, mas como não estava pensando muito naquele momento, decidiu que não haveria problema em pegar o carro de Lauren emprestado. Elas eram amigas. Certo?

No caminho, (SeuNome) se lembrou de sentir fome e se odiou por perder mais tempo parando em uma lanchonete para comprar um lanche natural. Decidiu que comeria no caminho, enquanto dirigia. Ela estava no automático, nada a fazia parar e ela amaldiçoou Lauren por morar longe do hospital. Ligou o rádio e resolveu verificar o que a amiga escutava, não pode deixar de sorrir ao constar que aquele era um CD com as maiorias das músicas que Lauren, Selena e Demi gostavam e  a faixa estava em Lego House. (SeuNome) sentiu-se mal ao se lembrar que Demi vivia cantarolando, aquela definitivamente era a sua preferida. Então ela decidiu continuar mudando as faixas e seu dedo automaticamente se afastou do MP3 quando a musica Kiss Me começou a tocar. Em sua mente flashes do passado começara a passar, do tempo que Demi e ela estara finalmente se acertando, virando amigas. E em sua cabeça a voz de Demi ecoava fazendo-a sentir vontade de chorar. Havia tanto tempo que não escutava aquela voz que era como se os anos não tivessem passado, como se…Droga! Por que ela se sentia tão vulnerável?

(SeuNome) estacionou o carro em frente ao hospital e de repente recobrou a consciência. Ela estava ali para ver Demi, a Demi do presente, que talvez não fosse mais a pequena Demz do passado.

Suas pernas a conduziram para dentro do hospital que não parecia movimentado naquela segunda, nem mesmo a rua estava movimentada. As pessoas pareciam mais preocupadas em ficar em casa naquele frio, a sair para contemplar a Big Apple. Não demorou muito para reconhecer Selena sentada em uma das cadeiras da sala de espera ao lado de um casal abraçado, um rapaz e uma pequena moça, que (SeuNome) reconheceu no mesmo instante.

– Jennel? - chamou surpresa. A pequena pareceu procurar por quem a chamara e ao encontrar (SeuNome), deu um largo sorriso e foi de encontro dela para dar-lhe um abraço.

– (SeuNome)! Que surpresa vê-la por aqui. - disse bagunçando os cabelos da morena que sorriu. - Você está linda!

– Você é quem está, Jenn. - rebateu envergonhada. - Senti sua falta. - disse sincera dando mais um abraço na outra que sorriu mais ainda. Jennel era uma das poucas pessoas que conseguia sentir falta de verdade, e também, uma das poucas pessoas em quem conseguiu confiar no colégio.

– Olá, (SeuNome). - a morena se virou para Selena que tinha um pequeno sorriso no rosto e os olhos inchados. - Sabia que você viria.

Ela sorriu e abraçou a moça.

– Como ela está?

– Daqui a pouco você pode entrar para vê-la. - ela disse voltando a se sentar. (SeuNome) jamais pensou encontrar uma Selena tão desanimada como o que vira no apartamento e agora no hospital.

Ela passou os olhos pelas as outras pessoas que e reconheceu Harry encostado na parede. Ela se perguntou porquê ele estava ali, sendo que as visitas eram apenas para família e amigos próximos.

Mas, ela não era nem amiga e nem próxima de Demi… Não mais.


Continua...


Hey babys! Comentem e eu posto o próximo hoje :D Beijos <3 Ah, falem comigo no meu Ask http://ask.fm/httpcamzren

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Capitulo 2 - It Was Just A Dream

Selena soluçou nos braços da morena e ela pôde entender o porque das noites mal dormidas, afinal, se não estava sendo fácil para ela que não via a pequena há mais de dois anos, imagina para Selena que morava sob o mesmo teto. A moça soltou-se do abraço e enxugou as lágrimas, pegou a mão de (SeuNome) e a puxou por um corredor cheio de portas e quadros com fotos das duas. (SeuNome) sentiu um aperto mais forte no peito ao ver tantas fotos de Demi sorrindo. Selena abriu a porta de um quarto e deu passagem para que a (SeuNome) entrasse, e logo de cara, ela soube que era o quarto de Demi. O teto estava enfeitado com estrelas reluzentes, - (SeuNome) também não pôde deixar de sorrir ao constar que Demi ainda continuava a mesma -, e na parede oposta um grande quadro com a foto da sua cantora favorita, Kelly Clarkson. (SeuNome) caminhou pelo quarto observando tudo, o quarto da pequena mostrava suas novas características também, mobília em mogno, paredes pintadas em bege e uma cama de casal. Sob uma escrivaninha, além do notebook e alguns livros de NYADA, havia dois porta retratos. Um com a foto de todo o pessoal, e outro com a foto de Joe, o que fez (SeuNome) sentir repulsa.

– Ela é uma estrela, (SeuNome). – Selena tirou a morena de seu devaneio sentando-se na cama. - Ela nunca deixou de ser. - novamente os olhos da amiga estavam cheios de lágrimas, (SeuNome) manteve-se parada, ainda segurando o porta retrato do pessoal nas mãos olhando para sua própria imagem. - À duas semanas, quando ensaiávamos para a peça de Natal, ela… Ela fraquejou em cima do palco, eu não sei exatamente o que houve com ela, mas quando a vi…Meu deus, quando eu consegui me mover, ela estava desmaiada, com a cabeça encharcada de sangue. Foi horrível!

Já era o suficiente para (SeuNome) sentir-se enjoada e abaixar a cabeça segurando as próprias lágrimas. Imaginar Demi ensanguentada não estava sendo nada fácil e ela estava se torturando por pensar naquilo. A campainha soou e Selena deu um sobressalto, com um olhar significativo para (SeuNome), saiu do quarto para atender a porta, deixando a morena sozinha naquele quarto.

Era engraçado, pensou (SeuNome), de alguma forma ela conseguia sentir a presença de Demi ali. Conseguia visualizar a pequena ensaiando todos os dias ali, ou estudando deitada na cama, praticando monólogos com Selena foi o mais divertido para (SeuNome), pois ela tinha certeza de que isso acontecia muitas vezes. Os olhos da morena brilharam ao captarem algo esquecido entre os livros espalhados na mesa, algo que chamou sua atenção. Curiosa, (SeuNome) afastou alguns dos livros e pegou um pequeno caderno nas mãos, de capa rosa, um cadeado prata e várias estrelas bordadas, havia uma inscrição:

Diário de Demi Lovato. - NY.

Os dedos da (SeuNome) formigaram no mesmo momento e uma curiosidade imensa lhe atingiram. Havia uma parte de Demi naquele diário… E inesperadamente, (SeuNome) o queria.

– (SeuNome)? - Selena chamou da sala, a morena assustou e num rápido movimento guardou o diário dentro do sobretudo.

Ótimo, além de vadia e prostituta, você também é uma ladra.

– Sim? - respondeu fingindo interesse ao se encontrar com Selena na sala, ela não estava sozinha, um rapaz alto e forte, com feições definidas e olhos verdes, estava parado ao lado dela.

– Esse é Harry, é veterano em NYADA e nosso…Amigo. - concluiu Selena, sem saber se era o certo a fazer. (SeuNome) rapidamente estendeu a mão para o rapaz que a aceitou com um pequeno sorriso. - Está é (SeuNomeTodo), uma velha amiga.

– Prazer.

– O prazer é meu.

Silencio. Os três se encararam incomodados, e (SeuNome) sentia-se culpada por estar com algo que não lhe pertencia dentro do sobretudo. Selena sorria sem animação e Harry sequer parecia estar naquele mundo.

– Bom, eu já vou indo. - (SeuNome) tomou a iniciativa, dando um abraço em Selena. - Me avise qualquer coisa, ok? – a amiga concordou com a cabeça.

– Obrigado por vir, (SeuNome). Demi ficaria muito feliz em te ver. - algo no peito de (SeuNome) inflou e ela se viu sem ar.

– Foi um prazer, Harry.

E dizendo isso, saiu do apartamento procurando ar. Respirou fundo e desceu as escadas sentindo-se uma fugitiva. Aquilo era só um diário, o que ela estava pensando? Um dia na casa de Lauren e já está com as manias dela. Porém, o que mais incomodava (SeuNome) não era o fato de ter furtado algo, e sim o que sentiu quando entrou no apartamento de Demi. Algo novo. Algo tão…Bom.

No instante em que esteve no mundo de Demz, sentiu como se não estudasse em UCLA, não namorasse um professor, e muito menos fosse uma vadia sem alma. Pela primeira vez em muito tempo, sentiu algo dentro do lado esquerdo do peito vibrar, como uma nova vida. Seu coração. E então (SeuNome) fez uma observação:

Estava começando a ficar preocupada em relação à tantas sensações desconhecidas.

***

– Por que nós estamos à quase meia hora encarando esse diário mesmo? - perguntou Lauren enquanto desviava o olhar do diário em cima da mesa para (SeuNome), que também encarava o objeto.

(SeuNome) ligou para que Lauren a buscasse em frente ao apartamento da Selena mesmo sob xingamentos e ameaças, não queria voltar para casa e sentir-se impotente, sem poder fazer nada. Ela precisava passar o tempo e nada melhor que aproveitar o dia com sua amiga no Starbucks para amenizar o frio.

– Eu não sei se devo abri-lo. - comentou um pouco assustada. Ainda não se convencera de que roubara algo que parecia ser tão importante para Demi.

Lauren revirou os olhos e deu uma golada no café.

– Sério, (SeuNome)? Você furtou o diário da Demi, e apesar disso me assustar muito, seria muita infantilidade sua não abri-lo.

(SeuNome) pensou por um instante ainda hesitante.

– De qualquer forma, ele está trancado e…

– (SeuSobrenome)! - reprovou Lauren.

(SeuNome) sorriu.

– Já sei, já conheço sua história e sei que é uma vadia má.

Lauren confirmou com a cabeça satisfeita e pediu a conta. (SeuNome) guardou o diário novamente no sobretudo e elas voltaram para casa depois de um breve passeio pelo Central Park, nada que fizesse os pensamentos de (SeuNome) mudarem de foco, e o humor de Lauren melhorar. Elas pareciam passear por uma obrigação, porque sabiam que mofariam em casa se fosse possível.

Ao chegar em casa, (SeuNome) se jogou no sofá e deixou o diário em cima da mesa de centro, pois ela queria continuar encarando-o por um longo tempo antes de…

POW!

(SeuNome) praticamente caiu do sofá e ela podia jurar que seu coração pularia para fora a qualquer minuto. Quando deu por si, Lauren estava com o diário, sem cadeado, em uma das mãos, e um martelo no outro com um sorriso de desdém. Sua vontade foi de pegar o martelo e dar na cabeça da baixinha por quebrar o cadeado. E se ela fosse devolver quando a pequena acordasse? O que diria? “Oh, sim Demz, eu entrei no seu apartamento e senti uma imensa curiosidade de ler o seu diário, aqui está ele, e espero que não se importe!”

– Lauren! - berrou (SeuNome) tomando o diário das mãos da amiga.

– De nada. - ela respondeu voltando para a cozinha. (SeuNome) já estava preparando uma lista de xingamentos se não fosse por um som histérico do celular de Lauren. - É o Joe… - ela disse olhando para o visor do aparelho, estranhava uma ligação logo dele.

Lauren levantou o dedo para (SeuNome) se calar e atendeu. (SeuNome) se encaminhou até a cozinha, não sem antes agarrar o diário e anotar mentalmente de deixá-lo longe de Lauren. Encostou-se no balcão esperando curiosa para saber sobre a ligação. O que (SeuNome) não esperava, era a mudança repentina da expressão de Lauren, seus olhos de repente ficaram vagos e uma veia no pescoço começou a pulsar. Aquilo não era bom sinal, pensou (SeuNome). Assim que desligou o celular, Lauren continuou na mesma posição encarando um ponto qualquer no chão.

– Lauren? - chamou (SeuNome) assustada procurando se aproximar dela. Ela se apoiou no balcão e fechou os olhos. - O que ele queria?

Poucos segundos se passaram até a resposta soar curta e grossa.

– Camila está namorando com Michael.

Continua...

Comentem pessoas lindas da minha life, se vocês comentarem eu posto mais um hoje. <3 Beijos gatitas

Capitulo 1 - It Was Just A Dream

– Se você continuar andando de um lado para o outro assim, vai cavar um buraco no chão da minha sala. E eu juro que te jogo dentro dele! - alfinetou Lauren do sofá enquanto observava a amiga caminhar freneticamente com o celular em mãos.

Já era noite, e desde o momento em que entraram em casa, tudo o que (SeuNome) fazia era tentar ligar para Selena e os Lovato em uma tentava falha de conseguir informações. As malas tinham sido levadas para o quarto de hóspedes por Lauren, e nem mesmo um banho (SeuNome) tinha tomado. A morena parecia realmente preocupada e atordoada com o estado de Demi e isso assustava a Lauren de alguma forma, pois (SeuNome) nunca fora de se preocupar com ninguém que fosse além dela e de Camila.

– Eu ainda não acredito que você não me ligou! Como você pode? - (SeuNome) acusava passando as mãos pelos cabelos longos e ondulados. Desistiu de andar, ou talvez tenha cansado, pois ela estava nesse mesmo movimento há cinquenta minutos segundo a contagem de Lauren, e sentou na escada. - Como ela conseguiu cair do palco? Demi é tão imatura! - a morena parecia mais desejar a raiva sem mesmo senti-la. Não tinha a quem culpar. Quem poderia prever uma queda do palco em meio a um ensaio?

– Ah, claro, como se ela tivesse se jogado de lá. – zombou Lauren. (SeuNome) a encarou com frieza e enterrou o rosto nas mãos. Tentara ir ao hospital ver Demi, mas Lauren disse que visitas estavam proibidas até segunda ordem. Mas, a angustia que tomara (SeuNome) no momento não a fazia racionar.

Ela precisava ver a pequena e seu estômago embrulhava só de pensar em uma ultima vez. Seu coração deu um salto e inesperadamente seus olhos encheram de lágrimas mais uma vez, Lauren analisava atentamente a reação de (SeuNome) e sentiu o coração também se apertar. Afinal, elas eram uma família. Todo o pessoal que costumavam se reunir na praia no final de semanas, os amigos de farra que se tornara parte um da vida do outro e saber que Demi estava por um fio, era como perder uma irmã, e (SeuNome) já estava farta de perdas em sua vida.

– O melhor que você tem a fazer é dormir, (SeuNome). - disse Lauren estranhamente doce passando a mão pelas costas da amiga. - Tome um banho, e durma. E não espere palavras de conforto vindo de mim porque esse é o máximo que eu sei fazer.

(SeuNome) sorriu. Lembrou-se de como amava a melhor amiga e lhe deu um forte abraço de urso, tirando quase todo seu fôlego.

– (SeuSobrenome)…Eu ainda amo a Camila. - tentou falar com a cabeça enterrada no ombro de (SeuNome), que sorriu mais uma vez e secou as lágrimas. As duas soltaram-se e se encararam por um minuto. Aquela era a amizade mais sincera que (SeuNome) já tivera, e talvez agora, sentir que estava quase perdendo Demi a fazia repensar certos atos…

Estava quase perdendo Demi?

Esse pensamento a pegou desprevenida. É claro, (SeuNome) e Demi se tornaram muito próximas no ultimo ano, tanto que a morena tentou impedir o maior erro da vida da pequena, que era se casar com um dos Jonas. (SeuNome) se importava com Demi, mesmo que ninguém, nem mesmo a própria acreditasse. E foi com esses pensamentos que entrou no banheiro e tomou um banho gelado dessa vez, tirando toda a impureza presente da viagem, seu corpo quase congelou, pensou até que teria hipotermia de tão fria que a água estava.

Saiu rapidamente e se trocou, esperou até que a friagem diminuísse e preparou um chocolate quente sem acordar a companheira. Depois de algumas horas mantendo sua cabeça ocupada, deitou-se na cama e deixou que os pensamentos lhe invadissem novamente, não lutaria contra eles, não tinha forças.
  
"Você não tem que se envergonhar. - disse Demi assim que (SeuNome) virou as costas. A morena parou um tanto impressionada. – Ninguém irá julgá-la. Eu não quero mais ser sua inimiga. Eu não odeio você.

(SeuNome) manteve a pose, sentindo-se entediada com a conversa da pequena a sua frente.


– Por que não? - perguntou erguendo a sobrancelha. - Eu tenho sido horrível com você.


Demi abaixou os olhos e balançou a cabeça.


– Isso foi antes de saber como era estar na minha pele…Um peixe fora da água. - (SeuNome) sentiu uma facada no peito ao ouvir isso e foi obrigada a desviar os olhos para não mostrar o quão afetada estava. Porém Demi continuava encarando-a com firmeza. - Mais pessoas vão descobrir e precisará de amigos que entendam.


– Como você pode entender o que estou passando?


[…]


(SeuNome) abriu os olhos. O dia parecia claro lá fora, o reflexo da janela invadia todo o quarto. Seu coração palpitava compulsivamente e seu corpo todo estava encharcado de suor. Um sonho. Não, uma memória. Umas das poucas das quais se lembrava, pois preferia manter certas lembranças longe de sua realidade, principalmente a época em que torturava Demi e todo o resto de fracassados no ensino médio.


Demi.


Esse pensamento a pegou desprevenida outra vez e ela se jogou novamente na cama desejando que fosse apenas um pesadelo, e que despertasse logo com Lauren gritando na porta que elas se reuniriam em poucas horas. Mas, nada aconteceu. O quarto continuava silencioso e vazio, vazio como a alma de (SeuNome).


Após toda a higiene matinal, a morena desceu para o café e se deparou com Lauren já acordada, sentada em frente a TV, comendo rosquinhas. (SeuNome) ergueu as sobrancelhas perguntando-se quando a morena adquirira o habito de levantar cedo.


– Bom dia! - pronunciou mexendo nos cabelos bagunçados e sentando ao lado da amiga para comer as rosquinhas. Lauren a olhou com cara de poucos amigos. - Seria mesmo um milagre além de você acordar cedo, estar de bom humor.


– Eu deveria mesmo rir nesse momento? – Lauren comentou enfiando mais uma rosquinha na boca.


– Lauren, não desconte em mim sua falta de sexo! - exclamou (SeuNome) levantando e pegando mais duas rosquinhas. Lauren reparou que a morena estava vestida e ficou curiosa, quando ameaçou abrir a boca, (SeuNome) continuou: - E sim, eu vou sair.


Bateu a porta da casa da amiga sentindo o estresse que Lauren estava passando para ela. A verdade é que desde que a Lauren deixou Camila, seu humor variava e (SeuNome) arriscava dizer que estava pior a cada dia. Fez sinal para um táxi no lado de fora do condomínio e lhe entregou o endereço do apartamento que ficava no centro. Estava realmente frio naquela manhã, mas nada que a impedisse de ir atrás de informações necessárias sobre a pequena Demz. (SeuNome) sorriu. Pequena Demz? Era assim que seu cérebro a traia? Dando apelidos carinhosos a uma velha amiga em coma?


Por todo o caminho a morena sequer observava a paisagem, sua cabeça mantinha-se preocupada e o coração apertado, desde que recebera a noticia, nada a fazia se acalmar e tudo o que precisava agora era de um pouco mais de informações, e Selena era a pessoa certa.


Pagou o motorista e desceu em frente há um grande apartamento. Analisou o local e percebeu que não era uma das melhores localizações da cidade, mas que isso não importava muito para Demi. Entrou no prédio com as mãos dentro do sobretudo e subiu as escadas procurando pelo apartamento duzentos e trinta e dois, segundo o endereço que Lauren lhe dera, era onde viviam.


Duzentos e trinta, duzentos e trinta e um, duzentos e trinta e dois!


Tocou a campainha e sentiu seus dedos doloridos pelo frio. Alguns segundos se passaram até a porta ser aberta revelando uma jovem moça com expressão de quem não dormia a dias.


– (SeuNome)! - exclamou Selena pulando nos braços da outra. (SeuNome) não fez nada a não ser retribuir, elas não se viam há dois anos. Como podia isso? As feições de Selena amadureceram, e os cabelos estavam com mais cachos do que de costume. Ela estaria com uma aparência totalmente madura se não fossem as olheiras e o pijama que vestia. - Meu Deus, como você está? Já faz tanto tempo!


Elas se separaram do abraço e Selena fez sinal para que a morena entrasse. Obedecendo a amiga, entrou no apartamento admirando o local. Era maior do que pensava ou aparentava, mas aconchegante; (SeuNome) sorriu ao notar que aquele lugar tinha a cara de Demi Lovato com a customização de Selena Gomez.


– Eu estou de férias e vim para a casa de Lauren. - explicou voltando-se para a amiga que fez uma expressão de pena á menção daquele nome. - É, eu sei. Já estou sofrendo na mão dela e não faz nem dois dias que cheguei.


– Pobre (SeuNome). Eu lhe ofereceria um lugar aqui se não fosse… - a voz morreu no meio do caminho e Selena engoliu em seco. De repente seus olhos perderam o foco e seus olhos encheram de lágrimas.



– Selena… - (SeuNome) não sabia o que dizer. Ela fora até a amiga para saber mais sobre o ocorrido, não para consolar, ela nem sabia como fazer isso. Então ela puxou a amiga para mais perto e afagou-lhe os cabelos. - Eu soube. O que…O que aconteceu? 

Continua...


Comentem e eu posto a parte II.

Prólogo - It Was Just A Dream

Ela estava ali o tempo todo. Distante. Sem sequer notar a presença de centenas de estudantes que andavam feito zumbis pela biblioteca de UCLA. Era assim que ela os via, filhinhos de papai que mal sabiam o que estavam fazendo ali, se não para agradar a família que sonhava por eles. É assim que a vida real é feita, certo? O sistema.Você deixa que vivam por você, sonhem por você, e façam suas escolhas. Isso tudo desde que não tenha que se preocupar com o dinheiro.

Dois anos. Passaram-se dois anos e sete dias desde que (SeuNomeTodo) entrara na faculdade. De inicio recusou-se a falar com qualquer outra pessoa, nos primeiros dias foi analisada pela conselheira e teve algumas sessões onde a única coisa que fazia era olhar para o rosto da velha com desdém. Rindo por dentro e pensando em como eram tolos. Também houve os dias de provocações, como ela era praticamente uma caloura, por assim se dizer, as veteranas  insistiam em provocá-la no refeitório ou no pátio com piadas sobre ser o lodo de Miami. Quem diria que um dia seu próprio vocabulário se voltaria contra ela mesma? Mas, não durou muito tempo até a morena ganhar respeito naquela Universidade. Como? Namorando seu professor de trinta e cinco anos, casado. Deus. Ela estava farta de viver sob provocações, de sentir na pele o que por vários anos fez com outras pessoas.

A vida não deveria ser justa? (SeuNome) já não era mais aquela menina popular de alguns anos, ela mudara, o término do ensino médio a fez mudar, não deveria ser mais fácil? Pois a cada noite, sentia nojo de si mesma, ao sentir os braços daquele homem em volta de si. Ela havia desacreditado. Viveu um romance perfeito com Diego baseado em uma mentira. Pierre…Poderia ter sido diferente, se ela o amasse. Qual o problema com ela afinal? Se apaixonar não deveria ser tão difícil assim.

Agora, deitada em sua cama, com a perna esquerda flexionada, fitava o teto descascado de seu dormitório em UCLA. Fazia isso com mais frequência do que gostaria de admitir. Não tinha muitas opções. E (SeuNome) gostava disso, passar horas pensando em sua vida passada, revivendo cada dia, cada detalhe, como se o agora não existisse. Como se o presente fosse apenas um protetor de tela. Era assim que gostava de pensar, amenizava a angustia. Batia com o dedo indicador freneticamente na parede ao lado da cama como um passatempo. Era seu ultimo dia de aula antes das férias, (SeuNome) levantou um pouco mais animada, com as malas já arrumadas, tomou um banho gelado e deu uma ultima olhada no quarto antes de sair, rumando direto para o aeroporto. Destino? Nova York.

**

(SeuNome) podia ver a grande cidade pelo vidro e soltou um longo suspiro imaginando como seria viver um sonho naquele lugar. Após algumas horas desconfortáveis de voo, o avião finalmente pousou no aeroporto movimentado, as pessoas iam e vinham em tamanha quantidade que mais parecia uma excursão. A morena caminhou segurando as duas malas por entre a grande estação, procurando por alguém conhecido, e já estava ficando impaciente por ter que esperar, sentindo-se uma idiota em meio a tanta gente.

– (SeuSobrenome)! - uma voz conhecida e tomada por ironia preencheu seus ouvidos. A morena sorriu e se virou para encarar a garota que se aproximava. - Devo mentir e dizer que estava com saudades?

(SeuNome) revirou o olhos e largou as malas no chão para dar um abraço apertado na amiga.

– Também senti sua falta, Lauren. - disse sincera. Lauren separou-se do abraço e pegou uma de suas malas, fazendo sinal para que a seguisse. - Não pensei que fosse me convidar para passar as férias em sua casa depois do tapa que levou. - comentou sarcástica enquanto entrava no carro de Lauren e deixava a mala no banco de trás.

A morena revirou os olhos e ligou o carro.

– Ainda tenho a marca dos seus dedos no meu rosto, garota. - a pequena morena rebateu fingindo estar indignada. (SeuNome) sorriu e acariciou o ombro dela. - Não que eu me importe, mas como estão as coisas?

(SeuNome) se endireitou no banco com uma expressão incomodada, pois sabia das implicâncias de Lauren com a vida social dela, e não a acusava. Sabia que estava sendo uma vadia, quase uma prostituta. Esse pensamento fez seu estômago embrulhar.

– Estudos, almoço, estudos, janta, estudos, dormir, estudos, almoço… - repetiu mais para si mesma do que para a amiga.

– Ainda está saindo com a múmia? - provocou.

Lauren estava guardando insultos desde o dia que partiram de Miami, e não seria agora, que as duas viveriam alguns meses sob o mesmo teto, que ela deixaria de pronuncia-los. Mas, (SeuNome) também tinha suas armas, e como boas amigas que eram, viviam a base de provocações.

– E você ainda está de olho naquele dragão que conheceu na biblioteca?

A pequena morena cerrou os dentes e apertou o volante com mais força que o necessário. (SeuNome) não deixou essa reação passar despercebida e sentiu-se mal pela amiga, tocar naquele assunto a fazia se lembrar de uma certa pessoa que Lauren deixara em Miami.

– Desculpe.

Silencio.

Era sempre assim. Suas discussões começavam com farpas, e alguns minutos depois, estavam se insultando para mais tarde atacarem a vida pessoal uma da outra. Mas, a verdade é que elas se amavam. (SeuNome) e Lauren se conheciam desde pequenas, as famílias (SeuSobrenome) e Jauregui sempre foram muito ligadas, juntamente com a família de Camila, a quem (SeuNome) sempre desconfiou ter uma queda por Lauren. E vice e versa. Elas eram conhecidas na escola como casal Camren e gostavam. Agora, essa união parecia se desfazer a medida do tempo, e Lauren já não era mais a mesma desde que deixara Miami para seguir seus sonhos em New York, junto com Selena e Demi.

– Como estão Selena e Demi? - (SeuNome) perguntou quebrando o silencio que se preenchera entre elas. Lauren olhou de esguelha para (SeuNome), e pareceu medir as palavras.

– Selena conseguiu entrar em NYADA, parece mais uma criança que acabou de ganhar uma boneca. - respondeu mantendo a concentração totalmente na pista a sua frente, e como (SeuNome) a conhecia muito bem, sabia que havia algo errado.

– E Demi? - Lauren ficou paralisada. Esperou alguns segundos pensando numa melhor forma de dizer a verdade, e como ela era Lauren Jauregui, não via outra forma de contar a não ser jogando a bomba. (SeuNome) sentiu suas mãos suarem e algo no peito apertar - Lauren?

O carro parou em frente a uma bonita casa em um condomínio luxuoso. O motor desligou e tudo o que se podia ouvir eram duas crianças brincando na rua de pega-pega. Lauren tirou o cinto e se virou para a amiga dizendo com cuidado:

– Demi está em coma.